No escritório

eu escuto: "esse hidratante de limão é tãoooo cheiroso mas eu não compro pois tenho medo de sair no sol e ficar com a pele manchada"

Feriado

A empresa na qual eu trabalho tem uma série de problemas. Um deles é a falta de organização quando há feriados que podem ser "emendados".
No início do ano a pessoa responsável pelo departamento pessoal poderia sentar e conversar com o dono da empresa e planejar coisas como "trabalhar todo dia X minutos a mais para emendar o feriado tal" ou "esse feriado é de sábado e como trabalhamos todos os dias a mais para compensar o sábado vamos trocar esse sábado que é feriado e emendar o feriado tal".
Porém aqui a coisa funciona assim: o feriado de 15/11 é uma quinta e eu só vou saber se vou trabalhar na sexta dia 16/11, às 17:59 (porque o horário de expediente vai até às 18 horas) da quarta dia 14/11, o que torna praticamente inviável planejar viajar ou qualquer coisa do gênero.

O que me deixou mais possessa ainda foi que no mês de outubro quando eu fui gerar os boletos bancários para os clientes da empresa, sentei e conversei com e combinamos de antecipar a cobrança de 15/11 para emendar a sexta.

Eu cheguei a ouvir um papo de ficar em casa na sexta 16/11 e vir trabalhar no feriado de terça 20/11. Como não sou boba não aceitei, afinal prefiro trabalhar na sexta (quando o chefe está viajando) que vir na terça quando ele está no escritório.

Entonces, como de praxe, um minutos antes de acabar o expediente fiquei sabendo "sexta-feira dia normal".

A fina arte da desconfiança

Você trabalha em uma empresa na qual toda vez que alguém precisa fazer um serviço externo e precisa de dinheiro (seja para pagar condução ou para pagar a recarga do cartucho) a pessoa precisa assinar um vale.

Tem cabimento?

A porta

Na empresa onde eu trabalho há uma funcionária que "carinhosamente" eu chamo de porta. Isso não tem relação alguma com o loiro do cabelo dela nem pelo fato que ela é secretária mas sim pelo fato de faltar um pouco de inteligência na pessoa.

Alguns causos que fazem jus ao apelido:

- O computador do cerumano em questão foi formatado. Ela vem até a minha sala e diz que não consegue imprimir nada e quer que eu veja o computador. De cara eu pergunto se o computador foi formatado e principalmente se ela instalou a impressora. Claro que ela não havia instalado, mesmo aparecendo a mensagem de que não havia impressora instalada no computador.
- O cerumano em questão está tentando salvar em CD umas fotos que enviaram a ela por e-mail. Ela vem reclamar que não está conseguindo. Eu pergunto se ela está usando o Nero para gravar os arquivos. O cerumano me pergunta: Que Nero???? (Juro que deu vontade de responder: aquele que botou fogo em Roma).
- O cerumano chama o técnico do computador pois quando ela envia um e-mail, por exemplo às 11:15 para uma certa pessoa no escritório e a pessoa responde, a resposta vem com o horário das 10:25 por exemplo. E dá-lhe o horário de verão!

P.S.: o cerumano em questão tem curso de informática, ok?

Pra que facilitar se podemos complicar?

Agora para pegar algum documento que está no arquivo morto (a.k.a. masmorra) da firma é preciso ter alguém supervisionando.
Como se a gente adorasse entrar naquele lugar úmido, cheirando mofo e subir aquelas escadas cujos degraus só cabem os pés de anão.
O motivo da "escolta" é que sumiu um documento. Quando eu perguntei ao chefe qual documento era, é claro, que ele não respondeu.
O interessante é que antes, quando os documentos do arquivo morto ficavam amontoados em um canto no escritório, literalmente jogados e desorganizados nunca sumiu nada .... agora que estão devidamente arrumados e numerados vêem com essa conversa que documento sumiu! tsc, tsc, tsc.

Coisas da hora do almoço

Hoje fui almoçar sozinha, a Ana teve que ir resolver assuntos pessoais.
Geralmente se ela não vai eu acabo nem saindo do escritório e quando ela está de férias eu apareço poucas vezes no restaurante.
Há várias coisas divertidas na hora do almoço: reparar nos modelitos, no make-up ou observar as manias alheias.
Fiquei reparando, discretamente, of course, em uma senhora que almoçava com quem, de ínicio, eu julguei ser seu filho.
Aquela senhora, elegantemente arrumada, unhas pintadas, batom clarinho, sorriso meigo me chamou a atenção. Pensei se quando eu chegar à idade dela estarei com a mesma disposição que ela demonstrava.
É melhor não pensar pois nesse momento só consigo me ver como uma velha rabugenta em uma casa de repouso.