quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Enquanto isso na Polícia Federal....

Entonces, fui lá no posto da PF para deixar as impressões digitais, assinar e tirar aquela foto digital que só deixa a gente feia.

Cheguei às 10 horas e já havia uma fila consideravel (e eu me perguntando quantas pessoas eles marcam para cada horário).
Fiquei observando os tipos na fila e ouvindo as conversas alheias (sim, eu sei que é feio fazer isso...).
Uma mulher na fila perguntava para todo mundo "para onde você vai viajar"? Virava para outro e perguntava a mesma coisa. De repente virou pra mim e falou "você vai para a Alemanha"?
Na hora minha vontade era de responder "minha senhora, por hora eu não vou para lugar nenhum" mas fui educada e respondi qual é o meu destino.
Apareceu um rapaz da PF com uma prancheta na mão e começou a chamou uns três nomes. Nisso apareceu um senhor japonês dizendo que a mulher dele havia agendado para um horário mas não conseguiu/esqueceu de imprimir o protocolo. O rapaz olhou a lista e o nome do senhor não constava lá.
Uma outra mulher reclamava que há quase dois meses estava tentando agendar um horário... uma menina que estava a minha frente levava bronca da mãe pois não tinha horário agendado e fizera a mãe perder viagem.
Uma outra funcionária da PF apareceu (esta com cara de poucos amigos) e perguntou se eu já havia sido atendida. Mostrei a confirmação do agendamento e ela disse que era para aguardar.
Uma moça na minha frente abordou a funcionária dizendo que havia agendado horário para a segunda-feira anterior mas que não comparecera e perguntou se poderia ser atendida naquele dia. Claro que a resposta foi não, e que ela deveria reagendar um outro horário. A moça insistiu dizendo que era urgente (e eu pensado: se ela tem urgência porque não apareceu na segunda?) mas a resposta foi não, que somente são atendidas as pessoas com horário agendado. Então em uma última tentativa ela perguntou como se tira passaporte de emergência e a resposta foi: "somente em caso de guerra ou calamidade".